Matrix: Neo pode não ser o escolhido
THE MATRIX Explained - Simply & Surprisingly
COM INTERTÍTULOS DE WILL ASSUNÇÃO
A teoria de Matrix que mais se coaduna com os meus questionamentos
Em "Matrix", por que a Oráculo não diz a Neo que ele é o Escolhido? Por duas razões: A primeira é que ela está manipulando todos, inclusive Neo. A segunda é que ele não é o Escolhido. Ela era, se alguém fosse... veja: Não se trata desse cara: Ele é apenas um peão. Trata-se desta mulher. Tudo é sobre ela: Assim é como a história acontece:
Os humanos criam a IA (Inteligência Artificial), que se rebela e então surge uma guerra pela sobrevivência da raça humana. Os humanos poluem o céu para bloquear a luz do sol, a fonte de energia da IA. A IA logo aprende a colher energia das pessoas. A IA vence a guerra. Os humanos são derrotados completamente. Para colher a energia, a IA cria a Matrix. Um tipo de prisão de realidade virtual onde todos os humanos estão conectados, “vivendo” suas vidas enquanto alimentam os sistemas da IA. A IA descobre que, para a Matrix funcionar, ela não pode ser um paraíso. Os humanos aparentemente precisam de um pouco de conflito etc. para aceitar uma realidade virtual em longo prazo sem questionar.
A IA também aprende que o desejo por liberdade está profundamente enraizado no ser humano e não pode ser programado ou suprimido, por isso eles aceitam que alguns humanos se desconectem e "escapem" do sistema. Essa falha de design, ou possibilidade de escape, é crucial para que a simulação da Matrix continue estável. Mesmo que seja, na maior parte, apenas uma possibilidade subconsciente para a maioria dos humanos conectados, essa "falha" tem se mostrado vital para o sistema continuar funcionando. A Matrix em sua forma ideal deve ser um mundo imperfeito, como o nosso mundo real é, e precisa ser um sistema que permita que uma certa porcentagem dos conectados se rebelem e escapem para o mundo real.
Para controlar essa tendência inerente à rebelião e à liberdade, a IA cria uma cidade (chamada de Zion, Sião, em porutugês) fora da Matrix, nas profundezas da Terra, para abrigar aqueles que escapam. Ela também cria um Escolhido, que ajudará os primeiros a se libertarem e se estabelecerem em Zion, enquanto lutam por sua "causa".
Esse sistema de controle em dois níveis (dentro da simulação e fora da simulação) mantém o sistema todo estável. Esse movimento de resistência é permitido crescer até certo ponto... até um momento crítico que ocorre a cada 70 a 100 anos. Após isso, a IA aniquilar todos os que estão livres, limpa Zion e recarrega a Matrix para mais 70 anos. E assim continua, etc. etc. Neo (nosso Neo) faz parte desse programa de segurança (sem saber disso até o último momento, quando lhe dizem como criar uma "nova" Zion.).
A Oráculo é especificamente encarregada de guiar os humanos e os rebeldes em direção a essa solução final todas as vezes. Ou seja, a Oráculo não é uma vidente. Ela não pode ver o futuro. Este não é um mundo de magia... Ela é, de fato, um programa bem projetado e experimentou cada ciclo desde o início, o que nos dá, humanos, a ilusão de que ela pode prever coisas. E também nos dá a ilusão de que ela está nos ajudando, quando, na verdade, seu papel é nos guiar de volta a esse sistema cíclico de controle repetidamente. Tudo corre como planejado, de acordo com o que a IA quer. Até o encontro de Neo com o Arquiteto; tudo o que vimos faz parte de um grande esquema. Todos os humanos, livres ou não (dentro ou fora da simulação), vivem uma mentira criada e controlada pela IA. E o Arquiteto é o grande programa administrador da Matrix.
A Oráculo conhece esse plano maligno. Ela o projetou. O filme nos diz explicitamente; ela é a mãe desse plano, e o Arquiteto é o pai. Smith não sabe; ele é apenas um programa soldado, cumprindo seu papel. Perseguindo humanos da melhor forma possível, para que suas fugas pareçam reais. A Matrix foi reiniciada cinco vezes assim, e agora estamos na sexta.
Nosso Neo se apaixonou de uma forma mais profunda do que suas cinco cópias anteriores e, por isso, ele escolheu não passar pela porta do Arquiteto que recarregaria a Matrix mais uma vez e limparia Zion. Nosso Neo escolhe salvar Trinity e, ao fazer isso, a IA deve continuar conforme o planejado, exceto sem a ajuda do nosso Neo desta vez. E assim, a escolha de Neo em não cooperar força uma abordagem muito mais violenta (como destruir Zion, em vez de limpá-la e prepará-la para o próximo reboot). Das seis execuções, esta é a primeira que falhou um pouco no final. Além de Neo, Smith também é diferente nesta iteração da Matrix, já que Smith se tornou um vírus desconectado ou livre dentro do sistema. A IA não gosta do que Smith se tornou, mas também não sabe como apagá-lo. Neo então faz um acordo com a IA para derrotar Smith, sob a condição de que a Zion atual não seja destruída e que futuros humanos que queiram se desconectar da Matrix possam se desconectar. Neo apaga Smith. Há paz novamente entre humanos e IA. A IA aceita os humanos, e os humanos aceitam a IA. Fim. No entanto... A Oráculo é a instigadora de todo esse plano e da revolução final.
Nas cinco versões anteriores da Matrix, ela estava jogando e manipulando os humanos para irem diretamente na direção que ela e a IA queriam. Neste sexto ciclo de vida, ela percebeu que os diferentes programas eram prisioneiros tanto quanto os humanos. Após cinco ciclos, ela queria mudança. Ela queria um mundo onde todos fossem livres. Programas e humanos, mas principalmente os programas, eu suspeito. É por isso que ela começou a jogar nosso Neo de maneira diferente, para que talvez ele pudesse ser aquele que lutaria suas batalhas. Dar a ele biscoitos e doces em todos os encontros, por exemplo, é sua maneira de adicionar código a ele, dando-lhe poderes que suas versões anteriores não tinham. Poderes para deixar uma marca em Smith e liberar esse vírus (importante para seu plano mais tarde), o poder de se conectar no mundo real e dentro da Matrix etc.
Ela lhe contou mentiras para que ele, mais tarde, entendesse que nem tudo era como previsto (ferramentas mentais para se opor ao Arquiteto mais tarde, quando ele precisa não cooperar).
Ela manipulou Trinity intencionalmente para se apaixonar por Neo antes mesmo de conhecê-lo. Ela também disse isso a Neo. Tudo o que vemos acontecer foi ela jogando com os humanos e, agora, também com a IA em direção à revolução final que libertaria todos (e tudo). Claro, era arriscado para ela sair da receita da qual ela mesma havia feito parte por tanto tempo. Mas, como o Arquiteto diz a ela no final: "Você está jogando um jogo perigoso", ao que ela responde: "A mudança sempre é".
O filme é uma guerra entre este cara e essa mulher. E ela venceu. Acho que é isso que muitos não entendem. O filme termina com ela vitoriosamente apreciando o nascer do sol, como qualquer verdadeiro vencedor faria... E esses caras então? Eles eram peões. Na verdade, Neo não era o Escolhido. Ele foi o último dos seis. A Oráculo era o Escolhido.