Fragmento 133


Seu tamanho contrastava brutalmente com uma personalidade leve e um sorriso deliberado [...]. Um rosto encoberto de pelos negros e grossos desenhavam naturalmente uma barba severa que escondia a juventude de quem ainda não abandonara o espírito livre de uma criança travessa.

Da última vez que eu o vi, trocara comigo copos de uma bebida barata e poucas palavras distantes e amigáveis. Agora, era um cavalo selvagem, que percorria a vida sem limites e compartilhava comigo o intento da afinidade masculina de um homem jovem, mas que eu ainda confundia com um menino com pelo no rosto. Aliviado pelo teor do álcool no que ingeria naquele momento, era notável o que o atormentava às vésperas de mais um dia de trabalho - havia se tornado um homem do campo. Talvez, eu já sabia disso pelas mãos grandes contornadas por veias que seguiam desenhando seus braços e unhas bem cortadas, além da disposição do seu corpo, que requeria uma força descomunal para esse tipo de trabalho em meio a máquinas grandes em um descampado de plantações no meio dos gerais [...].

Alecto Grego