Infinitivo flexionado


A língua não é somente para ser compreendida; é também para ser sentida. Daqui se compreende que haja algumas regras para o emprego do infinitivo pessoal e impessoal, mas que em certas frases empreguemos um ou outro conforme sentirmos que fica melhor; vejamos então:


Emprega-se o infinitivo pessoal flexionado, quando ele tem sujeito próprio. É o caso desta frase apresentada, que deve ser dita assim:

(a) Aconselho os jovens a lerem mais.

O sujeito da 1.ª oração é eu. O sujeito da 2.ª oração é os jovens. O verbo ler tem sujeito próprio, os jovens. Sujeito no plural, verbo no plural.


Vejamos a segunda frase:

(b) Pai e filho tiveram a experiência de estudar juntos.

Aqui, empregamos o infinitivo não flexionado, porque ele não tem sujeito próprio: o sujeito de estudar é também o sujeito de tiveram.


(c) São bulas fáceis de entender.

O sujeito de entender é a gente:

São bulas fáceis de (a gente as) entender.


(d) Os alunos precisam estar aptos a comunicar-se em inglês.


(e) Estamos proporcionando aos alunos a oportunidade de colocar em prática os conhecimentos.


(f) Foi-lhes dada a oportunidade de testemunhar.


Na frase (d), embora o sujeito de precisam estar seja o mesmo de comunicar, é preferível dizê-la assim:

(d) Os alunos precisam de estar aptos a comunicarem-se em inglês.


O verbo deve ir para o plural para ressaltar a necessidade de comunicarem uns com os outros. De resto, sentimos que assim fica melhor linguagem: mais expressiva.


(e) Estamos proporcionando aos alunos a oportunidade de (eles) colocarem em prática os conhecimentos.


A frase (f) deve ter o infinitivo pessoal no plural pela mesma razão:

(f) Foi-lhes dada a oportunidade de (eles) testemunharem.