O jargão do jornalismo 'por conta de' é puro modismo


Por conta de
: É modismo, invenção. Frases como “brigaram por conta de divergências na administração da empresa” ou “está triste por conta dos últimos problemas” são exemplos do uso indevido da expressão “por conta de”. Trata-se de uma construção forçada, que já se naturalizou no discurso jornalístico, especialmente na modalidade oral. Não há razão para complicar o simples. Há formas conhecidas que a substituem plenamente: “está triste devido aos últimos problemas”, “está triste por causa dos últimos problemas”. Fácil assim.

Ao escrever, fique atento para não cair nessas armadilhas. Nem sempre o mais usado ou aquilo que parece bonito é correto.


O mesmo, a mesma: não use a palavra “mesmo” para substituir pronome ou substantivo, como referência a algo ou alguém. A intenção é boa – evitar a repetição de palavras – o resultado, contudo, é uma incorreção gramatical. A frase “O cliente está ciente dos impostos e o mesmo deverá pagá-los em breve” é um exemplo do mau uso da palavra. Escreva apenas “o cliente está ciente dos impostos e deverá pagá-los em breve”.


Dica fácil

Há outros sentidos válidos e corretos para a palavra “mesmo”: Eu mesma fiz o jantar, mesmo assim não vou comer, mesmo os professores tiveram dificuldades para responder.