O pronome relativo que como sujeito de oração


Os pronomes relativos, estando na oração seguinte, retomam um termo já expresso na oração anterior, de forma a evitar repetições que possam interferir na qualidade do discurso proferido.

Ao contrário das conjunções, que são meros conectivos, e não oferecem nenhuma função interna nas orações por elas introduzidas, estes pronomes desempenham sempre uma função sintática nas orações a que pertencem.


Quero ver do alto o horizonte/ que foge sempre de mim.

(Olegário Mariano, Toda uma vida de poesia)


O pronome relativo que substitui o seu antecedente, representado pelo vocábulo “horizonte”. Neste caso, ele exerce a função de sujeito da oração.


Acontece o mesmo no exemplo solicitado para análise:

O mesmo sol que abre os céus (...).  

(Fernando Pessoa, Mensagem, poema Ulisses)


(que= sujeito de abre)