Fragmento 84


Por alguns segundos, que se pareceram eternos, minhas vistas eram tomadas por uma explosão de cores incandescentes e um turbilhão de sensações me lançava para a atemporalidade onde nada existia, senão minhas próprias vozes. Era noite, e a floresta estava reluzente. Sentia um torpor tomar meu corpo e a natureza tornar-se-ia meu íntimo. Havia abandonado o que me causava dor e pude ver, então, que a energia que move o universo é a mesma energia que há em mim (...).

Alecto Grego