Dialetos e registros
Entre os tipos de variações linguísticas estão os dialetos e registros, fenômenos que comprovam na prática que não existe um modelo linguístico a ser seguido na modalidade oral. Mas o que são dialetos e registros?
É chamada de dialeto a variedade de uma língua própria de uma região ou território. Devem ser consideradas também as diferenças linguísticas originadas em virtude da idade dos falantes, sexo, classes ou grupos sociais e da própria evolução histórica da língua: pessoas que se identificam e utilizam uma linguagem mais ou menos comum, com vocabulário, expressões e gírias próprias do grupo. As diferenças regionais, no que diz respeito ao vocabulário, são exemplos de variação territorial. É caso, por exemplo, da raiz que em determinadas regiões é conhecida como “mandioca”, mas que em outras áreas recebe o nome de “aipim” ou “macaxeira”.
Chamamos de registros as variações que ocorrem de acordo com o grau de formalismo existente em uma determinada situação: há situações em que a variedade padrão, ou norma culta, é a melhor opção, aquela que estabelecerá uma maior sintonia entre os interlocutores. Nas entrevistas de emprego, em redações para concursos e vestibulares e em exposições públicas, por exemplo, a variedade linguística exigida, na maioria das vezes, é a padrão, por isso é indispensável conhecê-la bem para adequarmos a comunicação de acordo com a pertinência do momento. Em contrapartida, há situações de uso em que a variedade não padrão (gírias, regionalismos, jargões) é aquela que melhor se encaixa no contexto comunicacional.