Inatismo, Comportamentalismo, Interacionismo e Sociointeracionismo
INATISMO
- Darwin
- Deus
- Maturação biológica
- Heranças hereditárias
- Estruturas cognitivas condicionadas
- Aptidão e prontidão
- Conteudista
- Somativo
"Pau que nasce torto, morre torto".
"Filho de peixe, peixinho é"
COMPORTAMENTALISMO
- Behaviorismo
- Ambientalismo
- Empirismo
- Skinner
- Estímulo resposta
- Mudança de desempenho
- Valorização do professor
- Positivismo e tecnologia
- Racionalidade
- Pragmatismo
- Estruturas cognitivas condicionadas
- Comportamento modelado
INTERACIONISMO
- Piaget
- Interação entre o meio ambiente e o ser biológico
- Processo cognitivo construído pelo indivíduo durante toda a vida
- Maturação sistema nervoso (fases ou estágios)
SOCIOINTERACIONISMO
- Cultural ou histórico
- Vigotsky, Wallon, Paulo Freire
- Ênfase aos aspectos humanos, sociais, do meio ambiente
- Processo cognitivo construído pelo indivíduo durante toda a vida
- Material histórico dialético
Concepção Inatista
Eventos que ocorrem após o nascimento não são essenciais para o desenvolvimento. As capacidades, a personalidade, os valores, os hábitos, as crenças, a conduta de cada ser humano já se encontram prontos no nascimento. O papel do ambiente, da educação e do ensino é tentar interferir o mínimo possível no processo de desenvolvimento espontâneo da pessoa. Esta perspectiva enfatiza os fatores maturacionais e hereditários, ou seja, entende que o ser humano nasce com potencialidades, dons e aptidões que serão desenvolvidos de acordo com o amadurecimento biológico. Por isso, o nome inatismo – características que nascem conosco.
Essa tendência parte do princípio que o homem já nasce pronto, o que inclui a personalidade, os valores, os hábitos, as crenças, o pensamento, a emoção e a conduta social. Nesse sentido, o ser humano não tem possibilidade de mudança, não age efetivamente e nem recebe interferências significativas do social.
Concepção Ambientalista
Atribui um imenso poder ao ambiente no desenvolvimento humano. O homem é concebido como um ser extremamente plástico, que desenvolve suas características em função das condições presentes no meio em que se encontra. Essa concepção deriva do empirismo. Na Psicologia, o grande defensor da posição ambientalista é o norte americano B. F. Skinner. Este propõe uma ciência do comportamento. O papel do ambiente é muito mais importante do que a maturação biológica. São os estímulos presentes em uma dada situação que levam ao aparecimento de um determinado comportamento. Essa perspectiva enfatiza que o ser humano é produto do meio em que vive, ou seja, é moldado pelos estímulos ambientais e pelos condicionamentos. A criança nasce como uma folha em branco e, gradualmente, passa a ser modelada, estimulada e corrigida pelo meio em que vive. Os estímulos e as condições presentes no meio são entendidos como fontes de aprendizagem.
A Concepção Interacionista: Piaget e Vygotsky
O interacionismo é uma abordagem difundida apenas no final do século XX. Essa perspectiva leva em consideração a interação entre o organismo e o meio. Nesse momento, o sujeito passou a ser visto não apenas do ponto de vista orgânico ou apenas como o resultado de influências do meio, mas sim como aquele responsável pela construção e reconstrução de suas estruturas cognitivas, dentro de uma perspectiva de interação. Nessa interação, fatores internos e externos se interrelacionam continuamente. Tal teoria entende a aquisição do conhecimento como um processo de construção contínua do ser humano em sua relação com o meio. Organismo e meio exercem ação recíproca. As novas construções dependem das relações que estabelecem com o ambiente em uma dada situação.
ABORDAGEM TRADICIONAL
Trata-se de uma concepção e uma prática educacionais que persistem no tempo, em suas diferentes formas, e que passaram a fornecer um quadro diferencial para todas as demais abordagens que a ela se seguiram. Como se sabe, o adulto, na concepção tradicional, é considerado como homem acabado, "pronto" e o aluno um "adulto em miniatura", que precisa ser atualizado. O ensino será centrado no professor. O aluno apenas executa prescrições que lhe são fixadas por autoridades exteriores. A realidade é algo que será transmitido ao indivíduo principalmente pelo processo de educação formal, além de outras agências, tais como família, Igreja.
Os Programas exprimem os níveis culturais a serem adquiridos na trajetória da educação formal. A reprovação do aluno passa a ser necessária quando o mínimo cultural para aquela faixa não foi atingido, e as provas e exames são necessários a constatação de que este mínimo exigido para cada série foi adquirido pelo aluno.
ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA
O conhecimento é uma "descoberta" e é nova para o indivíduo que a faz. O que foi descoberto, porém, já se encontrava presente na realidade exterior. Os comportamentalistas consideram a experiência ou a experimentação planejada como a base do conhecimento, o conhecimento é o resultado direto da experiência. O homem dentro desse referencial é considerado como o produto de um processo evolutivo.
ABORDAGEM HUMANISTA
Parte do principio que pensamentos, sentimentos e ações estão integrados. Procura dar ênfase na pessoa com ideias de liberdade, diálogo e respeito, com ensino centrado no aluno e sempre utilizando métodos de auto avaliação e autoaprendizagem. Nesta abordagem é dada a ênfase no papel do sujeito como principal elaborador do conhecimento humano. Da ênfase ao crescimento que dela se resulta, centrado no desenvolvimento da personalidade do indivíduo na sua capacidade de atuar como uma pessoa integrada. O professor em si não transmite o conteúdo, dá assistência sendo facilitador da aprendizagem. O conteúdo advém das próprias experiências do aluno; o professor não ensina: apenas cria condições para que os alunos aprendam.
O objetivo do ser humano é a autorealização ou uso pleno de suas potencialidades e capacidades; o homem se apresenta como um projeto permanente e mau acabado. Autodescoberta e autodeterminação são características desse processo. Principais teóricos: Carl Rogers e Freinet.
ABORDAGEM COGNITIVISTA
Procura explicar os mecanismos internos que ocorrem na mente humana com relação ao aprendizado e a estruturação do conhecimento. Dá ênfase a aquisição, armazenamento e organização das ideias no cérebro do individuo. A organização do conhecimento, processamento de informações estilos de pensamento ou estilos cognitivos, comportamentos relativos à tomada de decisões, etc. O homem e mundo serão analisados conjuntamente, já que o conhecimento é o produto da interação entre eles, entre sujeito e objeto.
ABORDAGEM COGNITIVISTA
O desenvolvimento humano que traz implicações para o ensino. Uma das implicações fundamentais é a de que a inteligência se constrói a partir da troca do organismo como o meio, por meio das ações do indivíduo. A ação do indivíduo, pois, é centro do processo e o fator social ou educativo constitui uma condição de desenvolvimento. Temos então o pensamento expresso de PIAGET.
ABORDAGEM SOCIOCULTURAL
Pode-se situar Paulo Freire com sua obra, enfatizando aspectos sócio-político-cultural, havendo uma grande preocupação com a cultura popular, sendo que tal preocupação vem desde a II Guerra Mundial com um aumento crescente até nossos dias. O homem está inserido no contexto histórico. O homem é sujeito da educação, onde a ação educativa promove o próprio indivíduo, como sendo único dentro de uma sociedade e ambiente.
ABORDAGEM SÓCIOCULTURAL
O homem alienado não se relaciona com a realidade objetiva, como um verdadeiro sujeito pensante: o pensamento é dissociado da ação. A estrutura de pensar do oprimido está condicionada pela contradição vivida na situação concreta, existencial em que o oprimido se forma.