Alphonsus de Guimaraens
Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) foi um dos mais emblemáticos escritores do movimento simbolista no Brasil.
Um evento muito doloroso para o escritor foi quando Constança, sua noiva e prima, morre precocemente aos 17 anos. Na época, ele tinha 18 anos e esse fato tornou-se predominante na sua poesia que esteve repleta de melancolia.
Após o evento, Alphonsus se entrega à vida boêmia. Apesar disso, casou-se com Zenaide de Oliveira em 1897 e com ela teve 14 filhos, 2 deles seguiram os passos do pai e se tornaram escritores: João Alphonsus (1901-1944) e Alphonsus de Guimaraens Filho (1918-2008).
Em 1899 publica seu primeiro livro de poesia: Dona Mística. Numa de suas viagens, conheceu Cruz e Souza no Rio de Janeiro, o precursor do movimento simbolista no Brasil. Faleceu em 15 de julho de 1921, na cidade de Mariana, Minas Gerais.
- O nome "Alphonsus Guimaraens" é um pseudônimo escolhido pelo poeta;
- Ele também era conhecido como o “Solitário de Mariana”;
- O poeta era sobrinho do escritor Bernardo de Guimarães (1825-1884), pai de Constança.
A obra de Alphonsus de Guimaraens apresenta marcas como o misticismo, a espiritualidade e a religiosidade católica.
A escolha dos temas como a morte, a dor e o sofrimento advém de sua própria história. Isso porque após a morte precoce de sua prima Constança, ele usa a escrita como forma de expressar seus sentimentos e angústias.
Ainda que tenha explorado a prosa, foi na poesia que Alphonsus teve maior destaque. De sua obra poética destacam-se:
Setenário das dores de Nossa Senhora (1899);
Dona Mística (1899);
Câmara Ardente (1899);
Kyriale (1902);
Pauvre Lyre (1921).
Obras póstumas:
Pastoral aos crentes do amor e da morte (1923);
Poesia (1938).