Cultismo e Conceptismo


O cultismo e o conceptismo são dois estilos literários que foram muito explorados no período do barroco. Enquanto o primeiro valoriza a forma textual, o segundo valoriza o conteúdo.

Cultismo

O cultismo significa “jogo de palavras”. Também é chamado de Gongorismo, pois foi inspirado nos textos do poeta espanhol Luis de Góngora (1561-1627).

Esse estilo utiliza a descrição, termos cultos (preciosismo vocabular), linguagem rebuscada e ornamental para expressar as ideias.

Além do uso desses termos, o cultismo valoriza os detalhes e a forma textual. É comum o uso de diversas figuras de linguagem (hipérbole, sinestesia, antítese, paradoxo, metáfora, etc.).

Conceptismo

O conceptismo significa “jogo de ideias”. Também é chamado de Quevedismo, pois foi inspirado na poesia do poeta espanhol Francisco de Quevedo (1580-1645).

Nessa vertente literária, a retórica aprimorada bem como a imposição de conceitos é notória, a qual se produz através da apresentação de diversas ideias.

Sendo assim, o conceptismo é definido pelo uso de argumentos racionais, ou seja, do pensamento lógico, valorizando sempre o conteúdo textual.

O objetivo principal dos escritores conceptistas era o de convencer o leitor além de instruí-lo por meio de diversos argumentos. Em relação ao cultismo, que prezava pela descrição e o exagero, o conceptismo preferia a concisão.

Além do raciocínio lógico, duas importantes características desse estilo eram:

Silogismo: baseado na dedução, o silogismo apresenta duas premissas que geram uma terceira proposição lógica.

Sofisma: baseado no argumento lógico, o sofisma gera uma ilusão de verdade. Isso porque está associado a algo enganoso que parece real, uma vez que utiliza argumentos verdadeiros.