Verbo
O verbo é a classe de palavras que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno da natureza e possui inúmeras flexões, de modo que a sua conjugação é feita mediante as variações de pessoa, número, tempo, modo, voz e aspecto.
MODO
indicativo - real prático
subjetivo - hipótese (possibilidade)
imperativo - ordem
infinitivo - ar/er/ir
ESTRUTURA DO VERBO
O verbo é formado por três elementos:
RADICAL
O radical é a base. Nele está expresso o significado do verbo.
Exemplos:
DISSERT- (dissert-ar);
ESCLAREC- (esclarec-er);
CONTRIBU- (contribu-ir).
VOGAL TEMÁTICA
A vogal temática se une ao radical para receber as desinências e, deste modo, conjugar os verbos. O resultado dessa união chama-se tema.
Assim, tema = radical + vogal temática.
Exemplos:
DISSERTA- (disserta-r), ESCLARECE- (esclarece-r), CONTRIBUI- (contribui-r).
A vogal temática indica a qual conjugação o verbo pertence:
1.ª conjugação: abrange os verbos cuja vogal temática é A: argumentar, dançar.
2.ª conjugação: abrange os verbos cuja vogal temática é E e O: escrever, ter, supor.
3.ª conjugação: abrange os verbos cuja vogal temática é I: emitir, evoluir, ir.
DESINÊNCIAS
As desinências são os elementos que, junto com o radical, promovem as conjugações. Elas podem ser:
Desinências modo-temporais: quando indicam os modos e os tempos.
Desinências número-pessoais: quando indicam as pessoas.
Exemplos:
Dissertávamos (vá – desinência de tempo pretérito imperfeito do modo indicativo), (mos – desinência de 1.ª pessoa do plural);
Esclarecerei (re – desinência de tempo futuro do modo indicativo), (i – desinência de 1.ª pessoa do singular);
Contribuamos (a – desinência de modo presente do modo subjuntivo), (mos – desinência de 1.ª pessoa do plural).
FLEXÕES
Para conjugarmos os verbos, é necessário ter em conta as flexões a seguir:
Pessoa: 1.ª (eu, nós); 2.ª (tu, vós) e 3.ª (ele, eles).
Número: Singular (eu, tu, ele) e Plural (nós, vós, eles).
Tempo: Presente, Pretérito e Futuro.
Modo: Indicativo, Subjuntivo e Imperativo.
Voz: Voz Ativa, Voz Passiva e Voz Reflexiva.
FORMAS NOMINAIS
As formas nominais são: Infinitivo, Particípio e Gerúndio:
Infinitivo pessoal e impessoal
O infinitivo não tem valor temporal ou modal. Ele é pessoal quando tem sujeito e é impessoal quando, por sua vez, não tem sujeito.
Exemplos:
O gerente da loja disse para irem embora. (infinitivo pessoal)
Cantar é uma delícia! (infinitivo impessoal)
Particípio
O particípio é empregado como indicador de ação finalizada, na formação de tempos compostos ou como adjetivo.
Exemplos:
Feito o trabalho, vamos descansar!
A Ana já tinha falado sobre esse tema.
Calados, os filhos ouviram o sermão dos pais.
Gerúndio
O gerúndio é empregado como adjetivo ou como advérbio.
Exemplos:
Encontrei João correndo.
Cantando, terminaremos depressa.
Classificação dos Verbos
Os verbos são classificados da seguinte forma:
Verbos Regulares: Não têm o seu radical alterado. Exemplos: falar, torcer, tossir.
Verbos Irregulares: Nos verbos irregulares, por sua vez, o radical é alterado. Exemplos: dar, caber, medir. Quando as alterações são profundas, eles são chamados de verbos anômalos; é o caso dos verbos ser e vir.
Exemplos: O verbo dizer (radical diz-) muda seu radical ao ser conjugado: digo, disser e direi.
Verbos Defectivos: Os verbos defectivos são aqueles que não são conjugados em todas as pessoas, tempos e modos. Eles podem ser de três tipos:
Impessoais: Quando os verbos indicam especialmente fenômenos da natureza (não tem sujeito) e são conjugados na terceira pessoa do singular, são verbos impessoais. Exemplos: chover, trovejar, ventar.
Unipessoais: Quando os verbos indicam vozes dos animais e são conjugados na terceira pessoa do singular ou do plural, são verbos unipessoais. Exemplos: ladrar, miar, surtir.
Pessoais: Quando os verbos têm sujeito, mas não são conjugados em todas as pessoas, são verbos pessoais. Exemplos: banir, falir, reaver.
Verbos Abundantes: Os verbos abundantes são aqueles que aceitam duas ou mais formas. É comum ocorrer no particípio.
Exemplos: aceitado e aceito, inserido e inserto, segurado e seguro.